Depois de atacar seu próprio partido, o senador peemedebista Jarbas Vasconcelos (PE) mirou o Planalto. Ele acusou hoje o presidente Luiz Inácio Lula da Silva de ser conivente com a corrupção que, segundo ele, está impregnada em todos os partidos, "sobretudo no PMDB". "Não é de hoje que o PMDB tem sido corrupto. Mas o Lula tem sido conivente com a corrupção. Lula e o PT não inventaram a corrupção, mas ela tem sido a marca do governo dele. É o governo do toma-lá-dá-cá", disse.
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Ao reforçar os ataques a seu partido, Jarbas afirmou que a corrupção aumentou no PMDB na última década. "O descaminho do PMDB é de dez anos para cá. O que tem motivado o gigantismo do PMDB é o fisiologismo", afirmou. Apesar de insistir nas denúncias, Jarbas se recusou a apontar nomes de peemedebistas que praticam atos de irregularidade. "Todo mundo sabe da corrupção do PMDB. Estou combatendo práticas, e não vou ficar puxando listas. Seria muito volumoso. Para que isso seja investigado deve haver uma pressão. Não sou eu quem vai comandar esse processo, eu apenas abri o debate dando o pontapé inicial", disse.
Jarbas procurou desvincular sua atitude com a eventual candidatura como vice-presidente na chapa do tucano José Serra (SP), governador de São Paulo, na eleição para o Planalto em 2010. "Meu candidato é Serra, mas não quero ser vice. Não tenho condições, mesmo porque não vou sair do PMDB", afirmou. Jarbas não acredita que o PMDB vá lançar candidato próprio à sucessão de Lula. "O PMDB é uma confederação de interesses regionais. Não tem uma liderança nacional para disputar, não tem um líder para empolgar o partido."
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