Arco Verde amplia diálogo com estados e municípios para combater desmatamento

Termina hoje a fase inicial da Operação Arco Verde. O último dos quatro seminários coordenados pela Casa Civil, reúne, em Porto Velho (RO), os pfeitos de Pimenta Bueno, Machadinho D'oeste e Nova Mamoré com representantes de 13 ministérios e as secretarias estaduais da agricultura, planejamento, meio ambiente, além do Instituto da Terra e da Emater. Os quatro municípios integram a lista dos 36 maiores desmatadores da Amazônia.

É o primeiro passo dado pelo governo para desencadear a Operação Arco Verde, que começa pela ampliação do diálogo com governos estaduais e municipais e o setor produtivo para frear o desmatamento na Amazônia. Segundo Paulo Guilherme, diretor de Desenvolvimento Rural Sustentável do Ministério do Meio Ambiente é necessária a construção de uma relação mais efetiva envolvendo todos que atuam na região, num processo de construção de parcerias.

"Temos a tarefa de resolver um conjunto grande de problemas estruturais, que já vem de longo tempo, com origem no processo de ocupação dos territórios na Amazônia, não estamos aqui para fazer caça às bruxas porque isso não vai resolver o problema", disse. Encarregado de apresentar a operação aos governos estaduais, Paulo Guilherme afirmou, no entanto, que "não haverá aqui transferência de responsabilidades. Com a operacão estamos trabalhando para atender as frentes ambiental, econômica e social de forma equilibrada".

Ontem (16), primeiro dia de reuniões, os debates foram sobre regularização fundiária, questão ambiental e política de incentivos às atividades sustentáveis. Além da conversa com os prefeitos, cada ministério envolvido na operação fará hoje (17) uma exposição sobre suas principais linhas de ação passíveis de parceria com estados e os municípios no combate ao desmatamento e no estímulo a atividades sustentáveis. Além dos temas que abriram o encontro, serão mostrados aos participantes do seminário, ações voltadas para a construção e recuperacão de estradas, investimentos em saúde, educação e formas de substituir o modelo predatório de desenvolvimento.