terça-feira, 17 de março de 2009

E nossa água, como vai?

Com tanta água na superfície do planeta, para muitos, é difícil acreditar que a humanidade possa ser privada dos benefícios que este recurso natural nos proporciona. Mas, ao saber que apenas 0,008% dessa água é potável, o cenário muda. Se acrescentarmos ainda o fato de que grande parte das fontes como rios, lagos e represas estão contaminadas, poluídas ou degradadas pela exploração do homem, a situação pode ser classificada como desesperadora.

No entanto, nossa grande fonte de água está longe dos nossos olhos. As águas subterrâneas correspondem a 97% de água doce para consumo humano, e é o principal elemento presente no meio ambiente subterrâneo, pois apresenta mobilidade e leva consigo o resultado da forte interação com os outros meios (águas de recarga, solo e meio poroso, cárstico ou fraturado por onde percorrem).

Preservar essas fontes, superficiais ou subterrâneas, tem mobilizado os mais importantes órgãos mundiais. Desde 1992, a ONU – Organização das Nações Unidas – implantou no dia 22 de março do calendário mundial, o World Water Day, ou Dia Mundial da Água, data comemorativa para a humanidade ressaltar a importância deste bem, que sofre ameaças por seu mau aproveitamento.

No Brasil, 51% do abastecimento público é feito através de captação de água subterrânea. Nos estados de São Paulo e Paraná, esse percentual chega a 80% das captações. A preservação dos aqüíferos e seus usos sustentáveis são é um dos desafios que a ABAS – Associação Brasileira de Águas Subterrâneas em conjunto com a ANA – Agência Nacional de Águas luta para vencer.

E é em sintonia com a Declaração Universal dos Direitos da Água, um documento redigido pela ONU que apresentará uma série de medidas, sugestões e informações com o intuito de despertar a consciência da população e de autoridades sobre o assunto, que essas entidades colocam seus especialistas na defesa das questões relacionadas a esse recurso.

Durante o Fórum Mundial da Água, a ser realizado ainda esse mês em Istambul, a ABAS em parceria com Itaipu e ANA, estará presente no Pavilhão Brasileiro e aproveitará a oportunidade para divulgar o I Congresso Internacional de Meio Ambiente Subterrâneo, de 15 a 18 de setembro em São Paulo.

Da saúde à economia

A partir do tema abordado pela ONU para 2009, A água e a saúde, a ABAS desperta a atenção da população para o problema de poluição de aqüíferos. Quando falamos em saúde é comum pensarmos nas comunidades do sertão nordestino que sobrevivem grande parte do ano em extrema escassez de água potável. Mas, um olhar mais atento ao nosso redor pode mostrar que os grandes centros urbanos podem facilmente comprometer um recurso que, aparentemente, é abundante.

Poços clandestinos, mal construídos ou abandonados, fossas sépticas, disposições de lixo que infiltram chorume no terreno, infiltração de esgotos domésticos ou industriais são apenas alguns dos fatores que contaminam os aqüíferos.

Até pequenos agentes econômicos influenciam no nível de poluição de águas subterrâneas como exemplifica Everton Souza, presidente da ABAS. “A quantidade de catadores de lixo reciclável aumentou a tal ponto de reduzir os preços do material recolhido. Isso desincentiva a ação desses trabalhadores, aumenta o volume nos lixões e, por conseqüência, o risco de contaminação do solo”, diz.

Sobre a ABAS

A Associação Brasileira de Águas Subterrâneas, presidida por Everton Luiz da Costa Souza, comemora 30 anos de atuação no território nacional, com o apoio de associados, incentivando o uso, estudo, tecnologia, preservação e desenvolvimento de águas subterrâneas.

Sobre a ANA

A Agência Nacional de Águas, presidida pelo Dr José Machado, tem como missão implementar e coordenar a gestão compartilhada e integrada dos recursos hídricos e regular o acesso à água, promovendo o seu uso sustentável em benefício da atual e das futuras gerações.

Artigo enviado por:

Thiago Peixoto
Timepress Comunicação Empresarial
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