segunda-feira, 16 de março de 2009

MMA firma parceria com Tocantins para combater as queimadas no cerrado

O combate às queimadas, que consomem anualmente grande parte da cobertura vegetal do cerrado contribuindo para o aumento das emissões de carbono que causam o efeito estufa, vai ganhar impulso este ano. O ministro Carlos Minc, do Meio Ambiente, assinou protocolo de intenções com o Governo de Tocantins para dar início à elaboração do Plano Estadual de Prevenção e Controle do Desmatamento e das Queimadas.

O MMA vai dar apoio técnico e financeiro ao estado, que em contrapartida deverá estabelecer metas de redução das emissões. A medida é parte da nova fase do Plano de Prevenção e Controle do Desmatamento da Amazônia Legal (PPCDAM).

O plano estadual, além de ser considerado ponto de partida para que o Tocantins possa assumir diretamente parte das ações de combate ao desmatamento e exigido aos estados que pretendem ter assento no Comitê Orientador do Fundo Amazônia.

Após elaboração de um diagnóstico da gestão florestal da região, o Plano será submetido a consulta públic, antes de ser aprovado. A idéia é que o governo do estado intensifique sua atuação em duas frentes distintas. Além de combater as queimadas, deverá também instituir políticas que diminuam o desmatamento do cerrado, principal alvo da indústria da carvoaria eatividades agrícolas.

Dados não oficiais dão conta de que o impacto da queimada do cerrado para alimentar os fornos das siderúrgicas já atinge níveis alarmantes. Além da atividade predatória do carão, os estados de Goiás e Tocantins e o norte do Mato Grosso vem tendo sua vegetação nativa devastada para o plantio, principalmente, da soja. Já a expansão da fronteira agrícola para as regiões norte e nordeste do bioma tem crescimento previsto em 14 por cento, por estudos recentes da Universidade Federal de Goiás. Estima-se que o bioma é um dos mais degradados do País, com cerca de 50% de seus 2 milhões de hectares espalhados por 10 estados da federação já desmatados.

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