segunda-feira, 13 de abril de 2009

Chapada Diamantina é primeiro parque a virar centro de pesquisas da biodiversidade

A Chapada Diamantina (PNCD), na Bahia, acaba de se tornar o primeiro parque nacional administrado pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) reconhecido como centro de pesquisa.

Com três doutores em seu quadro de funcionários, o PNCD abre as portas para a pesquisa cientifica por meio do credenciamento na Plataforma Lattes, do CNPq (Conselho Nacional para o Desenvolvimento Científico e Tecnológico).

O grupo intitulado Gestão de Unidades de Conservação tem como linhas de pesquisa a botânica, o levantamento faunístico, a gestão de UC, o manejo do fogo, a educação ambiental, o geoprocessamento e o sensoriamento remoto e a biotecnologia.

Além de desenvolver pesquisas com o seu próprio corpo técnico, o PNCD também pretende estreitar as relações institucionais com pesquisadores e alunos de universidades, melhorando assim o conhecimento de sua biodiversidade e área de atuação, fortalecendo as ações de gestão.

O Instituto Chico Mendes vem incentivando servidores lotados nos parques a desenvolverem pesquisas para a geração de conhecimento que acaba sendo aplicado no trabalho de gestão da biodiversidade da própria UC. O modelo funciona também como um estímulo ao corpo técnico do órgão, composto hoje por muitos analistas com mestrado e doutorados, aptos a desenvolverem a pesquisa científica e tendo a disposição um campo de trabalho onde já estão lotados.

De inicio, a equipe gestora vai submeter à apreciação do VI Congresso Brasileiro de Unidades de Conservação, que ocorrerá em setembro em Curitiba (PR), três artigos científicos. O primeiro sobre criação e delimitação de zonas de amortecimento; o segundo sobre ações e perspectivas de educação ambiental; e o terceiro sobre áreas prioritárias para combate de incêndios florestais.

A Chapada Diamantina é uma das mais exuberantes do planalto. Seus 1,52 mil hectares de áreas abrigam inúmeras espécies da fauna e flora brasieiras. A vegetação apresenta aspectos de três importantes biomas, indo da caatinga à mata atlântica em alguns pontos. Após o fim do ciclo da mineração, o seu entorno, que abriga cidades históricas entrou em declínio econômico, mas preserva até hoje vários sítios históricos. O parque é uma parada obrigatória do ecoturismo na Bahia, abrigando belezas naturais incomparáveis, como a cachoeira da fumaça, com seus 350 metros e o Vale do Pati.

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