Mais de 30 pessoas, entre policiais e indígenas, morreram nesta sexta-feira em confrontos durante o desbloqueio de uma estrada na Amazônia peruana, onde indígenas protestavam contra uma série de leis aprovadas pelo Parlamento.
A ministra do Interior peruano, Mercedes Cabanillas, informou à Rádio Programas del Perú (RPP) que nove policiais morreram, enquanto que o Colégio Médico de Chachapoyas, na região dos confrontos, afirmou que o número de indígenas que morreram no conflito chegou a 25. Segundo outros levantamentos citados pela agência Reuters, o número de mortos chega a 31, com 22 indígenas e nove policiais.
O diretor da polícia peruana, José Sánchez, declarou ao Canal N que também há 45 soldados feridos, dos quais 19 têm marcas de bala.
Segundo Sánchez, os policiais mortos foram atacados em uma colina no começo da manhã por mil indígenas, que os cercaram, balearam e os jogadores em um barranco. A polícia informou que os manifestantes atiraram primeiro, mas os indígenas negaram que tivesse armas. Eles afirmaram que só levavam suas lanças tradicionais.
Líderes indígenas disseram que polícia disparou contra centenas de manifestantes a partir de helicópteros, para colocar fim ao bloqueio em uma estrada que corta a floresta, a 1.400 km de Lima.
O bloqueio fazia parte de uma série de manifestações que envolveram milhares de indígenas nos últimos meses. Eles exigem maior controle sobre os recursos naturais, bloqueando frequentemente estradas e vias navegáveis desde abril para tentar forçar o governo a revogar uma série de leis de investimento aprovadas no ano passado e a rever concessões a companhias estrangeiras de energia.
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