quinta-feira, 4 de junho de 2009

Trabalhadores da agricultura familiar manifestam apoio ao ministro Carlos Minc

Aliança selada entre Governo federal, agricultores familiares e ambientalistas provoca reações exageradas da CNA e "ruralistas".

Agricultores familiares não aceitam ser usados como pretexto para latifundiários e empresas rurais defenderem os interesses em expandir suas fronteiras agropecuárias no Cerrado e na Amazônia.

A reação demonstrada por entidades e políticos ligados ao agronegócio contra o ministro Carlos Minc tem como pano de fundo a proximidade do anúncio de medidas acordadas entre o MMA e entidades representativas dos agricultores familiares, trabalhadores rurais e camponeses.

No calor do debate sobre Código Florestal e a regulamentações que impedem o acesso ao crédito agrícola por aqueles que não cumprirem determinadas regras, essas entidades representativas unificaram pontos da pauta de reivindicações e produzem um grande avanço junto aos ministérios do Meio Ambiente, Desenvolvimento Agrário e Casa Civil da Presidência da República.

O acordo construído nas intensas negociações e selado em audiência realizada dia 20 de maio deste ano em Brasília, na ANA, com participação da Fetraf-Brasil/CUT, Contag, Via Campesina, secretários estaduais, senadores, deputados federais e ONGs Ambientalistas prevê:

• Política diferenciada para os 4,4 milhões agricultores familiares;
• A Reserva Legal nas propriedades dos agricultores familiares será a soma das áreas de preservação permanentes (APPs), matas ciliares e proteção de fontes d água e áreas remanescentes preservadas;
• Compensação financeira para os agricultores que já preservam áreas superiores às previstas no Código Florestal; estabelecendo remuneração por serviços ambientais;
• O prazo para averbação das áreas dos agricultores familiares estará submetido ao ritmo das medições. Sugerimos que o INSS seja envolvido também, possibilitando a averbação das construções rurais.


O anúncio do conjunto dessas medidas acordadas, previsto para o dia 05 de maio, Dia Mundial do Meio Ambiente, pelo Presidente Lula, será um grande avanço no desenvolvimento rural sustentável. Mas provoca reações exacerbadas de entidades e políticos vinculados ao agronegócio.

Aguardamos com grande expectativa, e acreditamos que os "interesses" de alguns milhares de latifundiários não se sobreponham ao de 4,4 milhões de famílias.

Destacamos o papel central do Ministro Carlos Minc na construção desta aliança, sua permanência a frente do Ministério do Meio Ambiente é imprescindível para consolidar os avanços produzidos com muito diálogo e discernimento político.

Íntegra da carta em http://www.mma.gov.br/conama

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