segunda-feira, 6 de julho de 2009

Apesar do discurso, a Floresta Amazônica não faz parte da agenda brasileira, diz diretor do INPA

Adalberto Val, que acaba de participar do Roda Viva, fala sobre a importância de se produzir pesquisas nacionais para a conservação da floresta

O diretor do INPA, Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia, Adalberto Val, acaba de dizer no programa Roda Viva que o Brasil depende do desenvolvimento sustentável da Floresta Amazônica para crescer. “Destruir a Amazônia significa destruir o processo econômico que floresce no centro-sul do país". A íntegra da entrevista, comandada pelo jornalista Heródoto Barbeiro, vai ao ar hoje, às 22h10, na TV Cultura, sem qualquer corte ou edição.

Adalberto Val informa que a região é responsável por 10% do PIB nacional e abriga 23 milhões de pessoas em 60% do território brasileiro. “Apesar do discurso, a floresta amazônica não faz parte da agenda brasileira”.

O diretor ressalta a importância de se desenvolver pesquisas brasileiras e de se fixar recursos humanos na região, com o objetivo de promover o desenvolvimento sustentável da floresta. “O grande problema é que, durante muito tempo, o Brasil importou tecnologia”. O país, diz o biólogo, possui 2.000 pesquisadores na região.

Segundo o diretor do INPA, as pesquisas promovem a conservação da floresta, com o objetivo de “diminuir a pressão” pela devastação. Adalberto Val diz que a Amazônia precisa de conservação, não de preservação. “Preservação é uma atitude que não respeita o cidadão que está vivendo na floresta”. Para ele, a alternativa é utilizar os recursos naturais da Amazônia, como o couro dos peixes, a criação de carpas e os frutos, de maneira sustentável, para desenvolver a região.

O Roda Viva é apresentado toda segunda-feira, ao vivo, pela internet ( http://www.iptvcultura.com.br/rodaviva), às 18h, e retransmitido na íntegra, pela TV Cultura, às 22h.

Material extra (fotos e vídeos) sobre o programa pode ser visto pelo site: http://www.iptvcultura.com.br/rodaviva/feeds.

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