segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Outra batalha para Agnelli


Mais uma batalha para o presidente da Vale do Rio Doce, Roger Agnelli, que vem enfrentando duras críticas do governo. Os ministérios da Fazenda e do Desenvolvimento vão agora criar um imposto sobre as exportações de minérios, com alíquotas de até 5%. De acordo com a manchete de O Globo, cerca de 70% dos minérios exportados pelo Brasil no ano passado, que renderam US$ 22,8 bilhões, são de minério de ferro, principal item da pauta exportadora da Vale. O único produto brasileiro taxado na exportação hoje é o couro. O presidente Lula não escondeu sua insatisfação com a atuação de Agnelli à frente da Vale no período de crise. O empresário foi criticado por desacelerar investimentos e demitir funcionários. O empresário Eike Batista, do grupo EBX, que no final de semana deu entrevistas dizendo querer comprar parte da Vale e ganhou a simpatia de Lula, afirmou à Folha que, por ora, desistiu da compra. O recuo, segundo ele, decorre em parte da repercussão negativa e injusta das entrevistas. “Meus comentários foram técnicos, sem conotação política”, disse. Para tentar acalmar os ânimos, o Bradesco - acionista da Vale que indicou Agnelli para o comando - está disposto a ceder duas das cinco diretorias da empresa. Seriam as vagas dos diretores de Recursos Humanos e Financeiro, ambos ocupados por pessoas ligadas ao PSDB, no entender do governo, diz O Globo.

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