segunda-feira, 2 de novembro de 2009

Bienal SESC de Dança recebe grupos franceses

Dentro do calendário do Ano da França no Brasil o SESC Santos recebe o Ballet de Lorraine e Allain Buffard

Com cerca de 10 horas de dança por dia, a sexta edição da Bienal SESC de Dança reune 38 companhias de dança de dez estados brasileiros e de dois países: França e Suíça. Entre 1 e 8 de novembro serão apresentados o número recorde de 104 espetáculos.
O evento faz parte do Ano da França no Brasil e na sua noite da abertura contou com a apresentação do Ballet de Lorraine. O grupo apresentou sete coreografias dentro do espetáculo Petites Formes – La Nuit des Interprêtes.

A bailarina Florence Viennot elogiaou o público brasileiro, sempre animado. Opinião também partilhada pelo coreografo Didier Deschamps. “É um público muito curioso e participativo”, garante. Essa é a segunda vez que o Ballet de Lorraine vem ao país, mas foi a primeira visita de Didier. “Fiquei muito feliz quando recebemos o convite para fazer parte do Ano da França no Brasil. Uma grande iniciativa enriquecedora para os artistas que conhecem uma realidade diferente. Uma boa forma de aprender como os trabalhos são feitos por aqui, quais os desafios e as ideias dos profissionais brasileiros.”

O coreografo francês Allain Buffard também está na bienal com o espetáculo “Not a love song”, que trabalha seis línguas diferentes, inclusive o português. “É um trabalho bastante teatral. É a minha quarta vez no Brasil, e acho que cada região tem um público que reage de maneira diferente. Belo Horizonte é diferente de Santos, por exemplo”, explica Allain. O gerente do SESC Santos, Luiz Ernesto Figueiredo Neto, explica que a bienal é uma tradição da cidade, bastabte receptiva aos espetáculos de dança. “O público já se prepara para a bienal, que ocorre no segundo semestre. Por isso, já não temos ingressos para algumas apresentações como é o caso do Ballet de Lorraine.”

Wilma Andrade e a amiga Maria Zilda da Cruz, ambas professoras universitárias, foram juntas ao ballet. “Ficamos sabendo do ballet na Aliança Francesa e viemos”, explica Wilma. As duas são amantes da França e adoraram a oportunidade de ver, em casa, grupos franceses famosos. “Já fomos algumas vezes a Paris ver espetáculos como esse. Vê-los aqui em Santos é muito bom”, garante Maria Zilda. “Também fui a São Paulo ver a exposição de Matisse no Ano da França no Brasil e adorei!”

O advogado Anselmo di Luccio levou a filha Júlia di Luccio, de 8 anos, para assistir o Ballet de Lorraine. “Sou bailarina e queria ver o espetáculo”, contou a garota. Para Anselmo, o intercâmbio entre as culturas promovido pelo Ano da França no Brasil é muito positivo. “Nada melhor do que a arte para aproximar dois países culturalmente e economicamente tão diferentes.”

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