[Nelson Tembra] Basta-nos observar os anais da história política paraense e, sem sombra de dúvida, iremos comprovar que os interesses políticos e econômicos sempre caminharam lado a lado com a história da imprensa no Pará. Tem-se um manancial de exemplos.
De início, retornemos ao final do século XIX e início do século XX, período que compreende a consolidação do movimento republicano no Brasil. Retornemos, especificamente, ao ano de 1876, data do início de vida de um dos mais influentes periódicos da imprensa paraense. Trata-se do diário A Província do Pará, de propriedade, inicialmente de Joaquim de Assis, e, posteriormente, do pragmático político Antônio Lemos.
Este último transformou A Província em um jornal eminentemente político e panfletário dos interesses de uma elite aristocrática que comandaria o Pará por um longo período. Era a chamada Oligarquia de Lemos, dona de terras produtoras de borracha, principal motor da economia paraense até o término da Segunda Grande Guerra.
Nesta mesma época, uma outra oligarquia, a cacaueira, tornou-se proprietária de um dos jornais que, ao lado de A Província do Pará, compunha o leque de periódicos de grandiosa influência. Falamos da Folha do Norte, periódico panfletário do político Lauro Sodré. A partir do esteio da Folha, Sodré realizava contendas com o objetivo de derrubar o poderio político de Lemos.
O ringue político da época resumia-se no confronto de palavras entre a Folha do Norte versus A Província do Pará. Todavia, para se ter um vislumbre da gravidade da disputa, em 30 de agosto de 1912, depois de muitas reviravoltas políticas, os asseclas de Lauro ordenaram a incineração do prédio da Província, decretando, desta forma, o fim da Oligarquia de Lemos.
Hoje, os embates entre jornais estão representados por O Liberal, de propriedade da família Maiorana, caciques de grande influência sobre a opinião pública e o Diário do Pará, pertencente ao deputado federal Jader Barbalho.
Embora tenham sido criados como guarida essencialmente política, há muito, ambos travam disputas de cunho comercial-político pela liderança de vendas e prestígio.
De início, retornemos ao final do século XIX e início do século XX, período que compreende a consolidação do movimento republicano no Brasil. Retornemos, especificamente, ao ano de 1876, data do início de vida de um dos mais influentes periódicos da imprensa paraense. Trata-se do diário A Província do Pará, de propriedade, inicialmente de Joaquim de Assis, e, posteriormente, do pragmático político Antônio Lemos.
Este último transformou A Província em um jornal eminentemente político e panfletário dos interesses de uma elite aristocrática que comandaria o Pará por um longo período. Era a chamada Oligarquia de Lemos, dona de terras produtoras de borracha, principal motor da economia paraense até o término da Segunda Grande Guerra.
Nesta mesma época, uma outra oligarquia, a cacaueira, tornou-se proprietária de um dos jornais que, ao lado de A Província do Pará, compunha o leque de periódicos de grandiosa influência. Falamos da Folha do Norte, periódico panfletário do político Lauro Sodré. A partir do esteio da Folha, Sodré realizava contendas com o objetivo de derrubar o poderio político de Lemos.
O ringue político da época resumia-se no confronto de palavras entre a Folha do Norte versus A Província do Pará. Todavia, para se ter um vislumbre da gravidade da disputa, em 30 de agosto de 1912, depois de muitas reviravoltas políticas, os asseclas de Lauro ordenaram a incineração do prédio da Província, decretando, desta forma, o fim da Oligarquia de Lemos.
Hoje, os embates entre jornais estão representados por O Liberal, de propriedade da família Maiorana, caciques de grande influência sobre a opinião pública e o Diário do Pará, pertencente ao deputado federal Jader Barbalho.
Embora tenham sido criados como guarida essencialmente política, há muito, ambos travam disputas de cunho comercial-político pela liderança de vendas e prestígio.
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