[Nelson Tembra] Depois de ver sua frágil situação fiscal estampada em reportagens dando conta de seu milionário patrimônio não declarado, da repercussão de suas afirmações corporativistas e da divulgação do processo no Supremo Tribunal Federal (STF) em que é investigado por apropriação indébita de contribuições do INSS, o novo corregedor da Câmara, Edmar Moreira (DEM-MG), convocou nesta quinta entrevista para se explicar.
Negou a intenção de renunciar ao cargo, mas se complicou ao tentar explicar dívidas de suas empresas com o INSS. “Renunciar por quê? Estou sendo condenado por qual tribunal? Acho absolutamente justo (o processo). Só que não vou ensejar que isso aconteça ou me antecipar. Porque vou prestar todo esclarecimento à Justiça do imóvel e do processo que está sub judice” - disse Moreira.
Enganou-se quem tem 'vergonha na cara' e pensou que o castelo iria desabar por completo, após a veiculação do escândalo. Nobres Deputados que representam ‘legítimos interesses do povo brasileiro’ já costuram uma saída ‘honrosa’, com uma articulação para manter Edmar Moreira como 2° Vice-Presidente da Mesa Diretora, embora se digam constrangidos ao comentar o caso.
Os fatos demonstram que a Revista Economist está corretíssima, ao publicar, nesta sexta-feira, seis, que a eleição de José Sarney para a presidência do Senado representa "uma vitória para o semi-feudalismo". A reportagem, intitulada "Onde dinossauros ainda vagam" retrata o passado político de Sarney e o número de vezes em que foi eleito para cargos públicos.
"Sarney pode parecer um regresso a uma era de políticas semi-feudais que ainda prevalecem em alguns cantos do Brasil e puxam o resto dele para trás. Mas, com o apoio tácito de Luiz Inácio Lula da Silva, o presidente de centro-esquerda do país, ele foi escolhido esta semana para presidir o Senado", diz a reportagem. A imagem da propriedade faraônica em questão serve para confirmar tais análises e opiniões, e se tudo isso é verdade, os ovos e as aves estão sob a guarda de raposas, ou mucuras...
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