quarta-feira, 25 de março de 2009

Energia solar térmica nas casas do PAC da habitação vai virar realidade

Substituição do chuveiro elétrico pode economizar até 60% na conta de luz

O governo vai adotar o uso de energia solar térmica em substituição aos chuveiros elétricos em casas populares construídas pelo PAC da Habitação. Com a presença do ministro Carlos Minc, será assinado hoje às 11h, no Palácio do Itamaraty, acordo de cooperação entre Ministério do Meio Ambiente (MMA), Ministério de Minas e Energia (MME) e Caixa Econômica Federal (CEF).

A mudança na matriz energética faz parte das ações que vêm sendo adotados pelo MMA como forma de mitigação dos efeitos do aquecimento global. O Ministério do Meio Ambiente deverá instituir um programa para incentivar o uso de aquecimento solar de água, viável em várias regiões do País. A disseminação do programa está prevista no Plano Nacional sobre Mudanças do Clima e visa diminuir a demanda por energia gerada em hidrelétricas, fontes que emitem gases estufas. O programa vai lembrar aos brasileiros que a energia solar tem vantagens incomparáveis a qualquer outra forma de captação convencional. Além de ter uma fonte totalmente natural, ecológica, gratuita, que não agride o meio ambiente, é inesgotável.

O chuveiro elétrico é responsável por um terço da energia elétrica consumida em uma residência. Conforme levantamentos, cerca de 5% do consumo nacional de energia elétrica é usado no aquecimento de água para banho. Mesmo eficientes do ponto de vista de conversão de energia elétrica em térmica, seu uso não é considerado eficiente sob o ponto de vista da utilização da eletricidade. Assim, um sistema misto elétrico-solar torna possível obter até 80% da energia renovável e usar apenas 20% de energia elétrica.

A iniciativa tem por base experiência colocada em prática no Rio de Janeiro, onde a energia solar térmica vem substituindo a elétrica desde 2007. Decreto do governador Sérgio Cabral manda que obras públicas e obras financadas pelo governo carioca incluam este tipo de fonte.

MMA e PF unem forças para combater crimes ambientaisOs ministérios do Meio Ambiente e as Polícias Federal e Rodoviária Federal, do Ministério da Justiça, vão trabalhar em conjunto para combater o desmatamento, com ações integradas permanentes. A partir de abril, a Comissão Interministerial de Combate aos Crimes e Infrações Ambientais (Ciccia) vai se reunir todas as semanas para definir as estratégias das operações contra o desmatamento. A idéia é criar um mecanismo de inteligência que possibilite a intervenção antecipada para coibir as ações que representem ameaças ao meio ambiente. A primeira reunião da comissão aconteceu ontem (24), no Ministério da Justiça.

Segundo o ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, as ações vão focar também nas novas formas do desmatamento. "O desmatamento mudou o perfil e migrou para outras áreas. Antes eram em propriedades com mais de 200 hectares e agora atinge também as com menos de 100 hectares. Isso vai implicar em novas táticas conjuntas", explicou o ministro. Além da Amazônia, as ações incluem também os crimes de degradação do Cerrado, da Caatinga e da Mata Atlântica. Para o secretário nacional de Segurança Pública do Ministério da Justiça, Ricardo Balestreri a comissão é uma concentração de força para o trabalho de repressão ao crime ambiental.

Uma vez por mês, a comissão irá avaliar e direcionar o foco das ações, além de elaborar um plano logístico das operações. Participam os ministérios do Meio Ambiente e da Justiça, a Polícia Federal, a Polícia Rodoviária Federal, a Força Nacional de Segurança Pública, o Instituto Chico Mendese o Ibama. Para Minc, essas ações ajudarão o Brasil a atingir a meta de redução do desmatamento em 70% até 2017, como está previsto do Plano Nacional sobre Mudança do Clima. O ministro lembrou que o governo federal está realizando a Operação Arco Verde nos municípios que mais desmataram em 2008 para substituir o modelo econômico predatório local por formas sustentáveis de atividades produtivas.

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