Há pouco tempo atrás, o presidente Lula disse que, para o Brasil, a crise financeira internacional não passava de uma 'marolinha'...
Nosso presidente disse, no dia 4 de outubro do ano passado, em São Bernardo do Campo, no ABCD Paulista, que a crise financeira seria um tsunami nos Estados Unidos, mas não passaria de uma marola no Brasil. A expressão usada por Lula, 'marola', foi objeto de editoriais de importantes comentaristas políticos e econômicos da nossa imprensa, de Carlos Alberto Sardemberg, passando por Mirian Leitão e terminando em Denise Campos de Toledo.
Seis meses após, veio a confirmação 'daquilo' que já desconfiávamos: o governo cancelou concursos públicos, anunciando cortes para fazer frente a queda de receita e até o bloqueio do ingresso de aprovados, discutindo também a possibilidade de adiar os reajustes já programados para os servidores.
Há, contudo, um grande porém: naquela 'pérola' o presidente já havia admitido que, caso houvesse necessidade, haveria cortes nos investimentos e despesas.
Duas constatações: ou as obras do governo, via de regra, estão paradas, ou estão na mira do Tribunal de Contas da União por superfaturamento, contratação sem a devida licitação, acréscimo de valor contratual superior ao limite legal e alterações indevidas de projetos e especificações.
De fato, para os que se encontram 'na crista do poder', ou muito próximos, a crise financeira internacional não deve passar de uma insignificante 'marolinha'...
Vamos ver o que o presidente e sua seríssima equipe econômica e política fazem: se assumem, de uma vez, que, até o momento, o PAC é mesmo um PACderme, e 'fecha a torneira', porque meio trilhão de reais rolando soltos sem nenhum controle efetivo do que é feito com o dinheiro público, e com uma crise batendo na nossa porta, é um crime, ou se a festa continua. O problema é que o presidente está usando o PACderme, como diria o Lucas Catta Prêta, para promover a 'mãe' Dilma para 2010...
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