quinta-feira, 16 de abril de 2009

Governo alerta populações ribeirinhas para enchentes no Amazonas

O ano de 1953 marcou a história de Manaus como o período da pior enchente da capital. Na ocasião, o nível do rio Negro atingiu a marca de 29,68 metros. Hoje (15/04) a marca está em 28,16m, sendo que o período de cheias na região costuma ser em junho (86% delas): o que sinaliza para a possibilidade de a cidade enfrentar a sua maior enchente. O alerta foi dado nesta quarta-feira pelo Ministério do Meio Ambiente, Agência Nacional de Águas (ANA), Secretaria Nacional de Defesa Civil, Serviço Geológico do Brasil (CPRM) e Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet).

Nos dois últimos dias, o nível do rio Negro subiu seis centímetros por dia, pasando de 28,04m para 28,16m. A cota de alerta de inundação é de 29m, e a previsão do Inmet é de mais chuvas na região até pelo menos o próximo dia 21. O primeiro alerta para a situação de Manaus foi dado em 31 de março, com 70% de probabilidade de acerto, segundo a CPRM.

"Estamos tangenciando a pior enchente de Manaus. Os governos devem se preparar e informar a sociedade", afirmou o ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc.

O diretor-presidente da ANA, José Machado, destacou que a ANA, junto com parceiros, tem monitorado os níveis dos rios e as chuvas na área, de forma a munir os órgãos federais, estaduais e municipais com as informações necessárias e em tempo para se articularem. "Estamos alertando com 60 dias de antecedência do período de cheias, seguindo o princípio da precaução", reforçou Minc.

Para o diretor da Agência Benedito Braga, as instituições estão trabalhando harmonicamente. Ele levantou ainda dois atenuantes para o quadro: o rio a montante de Tabatinga está se estabilizando, e o nível do Madeira está na média, fora da situação de alerta.

A Defesa Civil informou já ter enviado 312 toneladas de alimentos, 450 mil itens do kit de desinfecção, além de lençóis, colchões e mosquiteiros. Segundo o secretário nacional de Defesa Civil, Roberto Guimarães, a instituição está preparada para abrigar, alimentar e medicar todas as pessoas que possam ser afetadas pelas cheias.

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