sexta-feira, 10 de abril de 2009

Minc para a Ana Júlia: "Pô, assim não dá, você é do PT, mesmo partido que eu e não sai do topo do desmatamento”

A frase foi dita durante a operação Caapora, onde o Ministro esteve pessoalmente e contou com 140 homens da Força Nacional e agentes ambientais. Foram apreendidos 2.238 metros cúbicos de madeira, oito máquinas, cinco motosserras, três espingardas, uma pistola e munição, mas ninguém foi preso e os funcionários das serrarias fugiram.

A operação do Ibama fechou na última quarta, 13 serrarias ilegais em Nova Esperança do Piriá, no leste do Pará. Os madeireiros exploravam madeira nobre na reserva indígena Alto Rio Guamá, a 40 quilômetros da cidade onde operavam as madeireiras.

Falta investigar se os índios vendiam a madeira para os madeireiros ou se o produto era extraído sem o consentimento deles. Segundo o superintendente do Ibama no Pará, Aníbal Picanço, cerca de 30% da reserva de 257 mil hectares já está desmatado.

Ao mesmo tempo, encontra-se estampado no G1: Gado e garimpos tomam lugar da floresta, e na página principal do site da SEMA/PA a maquiagem verde: Concessão de licença ambiental ganhará celeridade no Pará, informando que um convênio inédito de cooperação técnica permitirá maior agilidade nos processos de licenciamentos encaminhados por empresas do setor florestal à Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema), e que foi assinado na manhã desta terça-feira (7), na sede da Secretaria de Estado de Desenvolvimento, Ciência e Tecnologia (Sedect).

Segundo o titular da Sedect, Maurílio Monteiro, ex-cunhado da governadora e irmão do Secretário Especial e Primeiro Ministro do Estado Marcílio Monteiro, a iniciativa de constituir um grupo de trabalho responde à demanda do setor florestal que, constantemente, cobra do Estado maior agilidade para as licenças ambientais de projetos de manejo e reflorestamento, entre outras demandas. "O Estado tem buscado responder sempre a este setor com celeridade, porém não é apenas um trabalho só nosso; deve envolver a sociedade como um todo”, ressaltou o secretário. Ele disse ainda esperar que, bem antes dos 60 dias propostos pelo acordo, o grupo de trabalho já tenha elaborado algumas medidas, que serão encaminhadas à governadora Ana Júlia Carepa.

Com esta ‘iniciativa’, o Estado do Pará e a Amazônia estarão salvos (?), espero que não só no papel, como sempre, pois, na Capitania Hereditária do Grão Pará, o setor produtivo local que pretende agir na legalidade, na prática, não está conseguido nem acesso satisfatório a informações sobre seus pedidos de licenciamento, e não está conseguindo nem mesmo a simples renovação de licenças anteriormente já expedidas para empreendimentos pecuários consolidados dentro da legalidade, quem dirá tudo isso o que estão prometendo, agora que se aproximam novas eleições...

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