segunda-feira, 27 de abril de 2009

Pressão econômica, degradação e mudanças climáticas causaram grandes impactos ambientais

Pressionada pelas mudanças climáticas e pela exploração humana, a Caatinga comemora amanhã o seu Dia Nacional. Dos biomas brasileiros ele é o único circunscrito a território nacional. Amazônia, Mata Atlântica, Cerrado, Pampa e Pantanal se alastram além fronteiras do País, mas a Caatinga se restringe ao Nordeste brasileiro e ao norte de Minas.

Originalmente eram 840 mil quilômetros quadrados cobertos de "mata branca" - tradução da palavra tupi-guarani. Hoje a Caatinga resiste em 520 mil quilômetros quadrados dos estados nordestinos do Maranhão, Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Alagoas, Sergipe e Bahia e adentra o Sudeste pelo norte de Minas Gerais, onde vivem 28 milhões de brasileiros.

Apesar do ritmo intenso de degradação - que tende a se acelerar com o processo de desertificação acirrado pelas mudanças climáticas - a Caatinga ainda é o bioma extra-amazônico que mais contribui para alimentar e mover as economias das populações que o habitam. São suas árvores, por exemplo, que fornecem a lenha e o carvão que produzem nada menos do que 40% de toda a energia consumida pelos nordestinos.

Espécies nativas como o mocó e a avoante ainda são importantes fontes de proteína para a população rural e as forrageiras catingueiras alimentam rebanhos de cabras que respondem pela subsistência de boa parte das famílias de pequenos agricultores.

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