quinta-feira, 25 de junho de 2009

Bertin: Comunicado à imprensa

Em relação à orientação da Federação da Agricultura do Pará (Faepa) de que os produtores rurais afiliados não vendam, por tempo indeterminado, gado aos frigoríficos que atuam em território paraense, a Bertin S.A. esclarece que também se sente igualmente afetada pela ação realizada pelo Ministério Público do Pará.

Além do inestimável prejuízo à reputação de sua imagem perante clientes e consumidores do Brasil e dos mais de 80 países onde atua, a companhia já deixou de abater cerca de 30.000 cabeças de gado na região paraense. As operações ficaram paralizadas por uma semana e quando o abate foi retornado houve a redução de 3.500 cabeças de gado por dia para 2.500.

Muitos dos clientes da empresa pediram explicações sobre as práticas da companhia, em que foram prontamente atendidos. A ação do Ministério Público do Pará causou paralisação nas vendas da Bertin e recusa da carne vinda do Pará por parte dos varejistas. A mesma criou uma insegurança jurídica, grandes varejistas do país suspenderam a compra de carnes da Bertin vindas das unidades do Pará e a companhia teve de começar a fornecer com produtos vindos de outras regiões. Só foi possível vender a carne oriunda do Pará no mercado de preço. Por isso, o mercado de compra de boi também foi afetado por não conseguirmos manter os preços de venda aos clientes. A companhia está fazendo todos os esforços possíveis para manter as atividades no Pará, um estado que sempre recebeu muito bem a Bertin.

A atuação socioambiental da Bertin foi colocada em dúvida. No entanto, a empresa possui um programa específico de Procedimento de Compra de Gado que estabelece um conjunto de critérios para credenciamento de fazendas, que incluem a não condenação por trabalho escravo, por grilagem de terras, por violência agrária, por desmatamento ilegal e não possuir, criar ou adquirir gado em áreas indígenas.

Diariamente a companhia faz checagem nas listas de áreas embargadas do IBAMA e lista suja do Ministério do Trabalho e Emprego, que condena práticas semelhantes à escravidão. A empresa adotou o critério de figuração nas listas para descredenciar fornecedores. Sendo assim, mesmo antes divulgação sobre suas práticas que tiveram início neste mês, a empresa já havia excluído 141 fornecedores que constavam na lista de áreas embargadas e mais 24 por estarem presentes na lista suja.

A Bertin não discrimina nenhum fornecedor e, portanto, só age dentro da lei. As ONGs vêm questionando que fornecedores que não tenham sido julgados definitivamente deveriam ser excluídos. A posição da companhia é respeitar a justiça brasileira, que detém o direito e dever de julgar.

No entanto, com a recomendação do Ministério Público do Pará a respeito da aquisição de gado pela Bertin S.A. de fazendas embargadas pelo IBAMA, a Bertin considerou necessário paralisar desde o dia desde o último dia 06 de junho todas as aquisições de bovinos, até que os fatos relacionados aos embargos sejam devidamente esclarecidos.

A empresa acredita que práticas socioambientais corretas sejam importantes e necessárias para a evolução de toda a cadeia produtiva no Brasil. Esse é um momento de crise para o setor, mas que pode representar muitas oportunidades no futuro para aqueles que se adequarem. Por isso, é o momento de pecuaristas, indústrias e poder público se unirem em ações conjuntas para uma recuperação rápida e progresso no futuro respeitando o meio ambiente.

Atenciosamente,

Bertin S.A

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