sexta-feira, 3 de julho de 2009

Posicionamento do Instituto do PVC sobre o uso de PVC em equipamentos eletroeletrônicos

Tendo em vista o grande número de matérias publicadas sobre a questão ambiental que envolve o segmento de produtos eletroeletrônicos, nos quais o PVC é criticado equivocadamente, vimos através deste documento nos posicionar sobre o assunto.

Abaixo listamos as principais críticas feitas e respectivos esclarecimentos:

§ Fabricantes têm sido criticados por não cumprirem as exigências da ONG ambientalista Greenpeace que os pressiona, através do “Guia dos Eletrônicos Verdes”, a deixar de utilizar algumas matérias-primas, dentre elas o PVC.

O “Guia de Eletrônicos Verdes” do Greenpeace é baseado (talvez principalmente) na Diretiva Européia RoHS - Restriction of the use of Certain Hazardous Substances in Electrical and Electronic Equipment. Através dela a União Européia proíbe o uso de seis substâncias químicas em equipamentos eletroeletrônicos: chumbo, mercúrio, cádmio, cromo hexavalente, polibromato bifenil e PBDE – éter difenil polibromato. A Diretiva RoHS não proíbe o uso do PVC nesses tipos de equipamentos, o que torna no mínimo questionável a forma com que o PVC é tratado neste guia. Assim podemos concluir que o guia não tem qualquer credibilidade científica ou mesmo valor prático, tanto do ponto de vista de meio ambiente quanto de saúde e segurança ao usuário.

A principal matéria-prima do PVC é o sal marinho, recurso inesgotável na natureza. Cerca de 57% da resina de PVC, em peso, tem origem nesta matéria-prima, sendo este o único plástico que não é 100% derivado do petróleo (o que contribui para a diminuição da emissão de CO2). Os 43% restantes correspondem ao petróleo que, inclusive, já pode ser substituído pelo eteno produzido a partir da cana-de-açúcar, permitindo que a resina seja derivada de matérias-primas 100% inesgotáveis na natureza.

Esclarecemos que não há razões técnicas, científicas ou sequer legislações no mundo para que as empresas do segmento de eletroeletrônicos eliminem o PVC de seus produtos. O PVC é um produto inerte, atóxico, seguro e largamente utilizado no segmento de eletroeletrônicos, principalmente em fios e cabos. O PVC também é utilizado na fabricação de tubos e conexões para o transporte de água potável, embalagens de alimentos e remédios, além de ser o plástico mais utilizado na área médica, com aprovação de órgãos competentes como o Food and Drug Administration (FDA) dos Estados Unidos, Farmacopéia Européia e a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) no Brasil, entre outros, o que demonstra sua total segurança.

§ O PVC é citado como sendo um material difícil de ser reciclado, o que não condiz com a realidade já que é 100% reciclável e é reciclado de fato. Prova disso são os dados obtidos em uma pesquisa realizada sobre a reciclagem mecânica do PVC, encomendada pelo Instituto do PVC, em 2008. Nela verificou-se que o índice de reciclagem mecânica do PVC pós-consumo no Brasil, em 2007, foi de 17%. O número é bastante significativo considerando-se que na União Européia o índice de reciclagem mecânica de todos os plásticos foi de 18,6%, no mesmo período. O índice se torna ainda mais significativo se avaliarmos a reciclagem do PVC flexível, o principal tipo de PVC utilizado na indústria de eletroeletrônicos. Neste caso, o índice chega a 19,6% e supera o da União Européia.

§ O PVC é citado como sendo um material perigoso por conter cloro em sua composição e que causa emissões tóxicas quando incinerado.

O PVC não apresenta qualquer problema à humanidade por conter cloro em sua estrutura química, ao contrário do que é divulgado, equivocadamente. Basta lembrarmos que:

o Cerca de 85% de todos os medicamentos fabricados pela humanidade ou têm cloro na sua composição final ou ele foi utilizado em alguma etapa de sua fabricação;

o É o 11º elemento químico mais presente na natureza;

o O tratamento da água é realizado com cloro, tornando-a potável;

o O cloro é reconhecido pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como uma das 100 maiores invenções do homem;

o O sal de cozinha contém cloro, a partir do qual o PVC é fabricado.

Quanto à incineração, sabe-se que este é um processo bastante evoluído em países desenvolvidos. As legislações que regulamentam os incineradores são extremamente rígidas, exatamente para garantir que as emissões a partir destes equipamentos sejam seguras para o ser humano e meio ambiente. Não existem leis que digam que um determinado resíduo não possa ser incinerado, e sim leis que regulam o processo de incineração, independente do que for ser incinerado. As emissões verificadas na incineração do PVC não são diferentes de quaisquer outras a partir de outros resíduos e estão de acordo com o que exigem as legislações mundiais sobre esse processo.

Por fim gostaríamos de lembrar que o Instituto do PVC representa a união de todos os segmentos da cadeia produtiva do PVC, desde os fabricantes de matéria-prima até os recicladores. Seu compromisso é orientar as empresas associadas a adotarem posturas socialmente responsáveis, promovendo o crescimento do mercado de PVC e difundindo suas características técnico-científicas, ambientais e de reciclabilidade para a sociedade, sempre adotando posturas éticas. Colocamo-nos a disposição para eventuais esclarecimentos e para nos tornarmos fonte de informações em futuras matérias.

Informações para a imprensa

Yellow Comunicação

(11) 3061-4074

Roberta Provatti e Isabela Barbosa

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