quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Brasil decidirá sobre proposta de emissões no dia 14

Brasil vai apresentar uma meta ousada de redução de emissões de gases de efeito estufa na reunião da COP-15, em Copenhague. Além da oferta de corte de 80% do desmatamento na Amazônia (redução de cerca de 580 milhões de CO2), o País vai levar à Convenção das Nações Unidas propostas de redução de emissões em áreas como energia (etanol e biocombustíveis), siderurgia (aço verde), agropecuária e na queda do desmatamento em outros biomas.

Para bater o martelo na posição brasileira para o encontro internacional sobre o clima, o Governo Federal está estudando diversas propostas apresentadas nesta terça-feira (3/11) em reunião do presidente Lula com ministros de diferentes pastas. O presidente Lula deve anunciá-las no dia 14 de novembro.

Além do presidente da República, participaram da reunião a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Roussef, o ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, o ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, o ministro da Agricultura, Reinold Steffanes, o secretário-executivo da Fazenda, Nelson Machado, o ministro de Ciência e Tecnologia, Sérgio Resende, o de Minas e Energia, Edison Lobão e o secretário-executivo do Fórum de Mudanças Climáticas, Luiz Pingueli Rosa.

O corte de 80% no desmatamento na Amazônia vai significar cerca de 20% menos de emissões de CO2 até 2020. Esse corte de 80% está baseado na média do desmatamento no período de 1996 a 2005, que totaliza 19,5 mil Km2, ou seja, em 2020 o Brasil chegará a um índice de desmatamento abaixo dos 4 mil km2 na Amazônia. A agricultura também pretende reduzir significativamente suas emissões com ações de mitigação. Entre elas, o plantio direto, a recuperação de áreas degradadas e a integração das atividades de lavoura e pecuária.

Na área de siderurgia, de acordo com o ministro Carlos Minc, a exemplo do que ocorreu com o setor da soja, já estão avançadas as negociações para se chegar a um acordo setorial. A proposta é a utilização do "aço verde", que prevê a substituição, num período de oito anos, de todo o carvão vegetal nativo pelo plantado, com isso evitando-se as emissões de CO2 e o desmatamento.

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